quarta-feira, 25 de maio de 2011

Primeira Safra de Gergelim em Goiás: Produtividade e Potencial para Biocombustí



Na região centro-norte de Goiás, o assentamento da reforma agrária Nova Aurora, em Santa Isabel, comemora os resultados positivos da primeira safra de gergelim. Com 1.500 hectares destinados à agricultura, 210 hectares são dedicados à produção de soja e 41 hectares ao cultivo de gergelim. A produtividade surpreendeu, alcançando de 40 a 50 sacas por hectare, trazendo otimismo para os agricultores locais.

Gergelim: Versatilidade na Alimentação e Produção de Biocombustíveis

O gergelim, conhecido por seu alto valor nutricional e usos diversificados, ganha destaque não apenas na alimentação humana, mas também como uma promissora matéria-prima para a produção de biocombustíveis. O grão é rico em óleos e proteínas, tornando-se uma opção atrativa tanto para a indústria alimentícia quanto para a energética.

Comercialização e Técnicas de Cultivo

Os produtores do assentamento Nova Aurora vendem o quilo do gergelim por R$ 2,50. A colheita ainda é realizada de forma tradicional, com corte manual utilizando cutelos, pequenas foices. Este método, apesar de mais laborioso, garante a qualidade dos grãos e permite um manejo mais cuidadoso da planta.

Desafios e Oportunidades para o Futuro

Apesar dos bons resultados, os agricultores enfrentam desafios na modernização das técnicas de cultivo e colheita. A introdução de tecnologias agrícolas mais avançadas pode aumentar ainda mais a produtividade e reduzir os custos de produção. Além disso, a demanda crescente por biocombustíveis abre novas oportunidades de mercado para o gergelim, incentivando investimentos em pesquisa e desenvolvimento para otimizar a produção.

Vídeo: Acompanhe Mais Detalhes

Para saber mais sobre a produção de gergelim e outras iniciativas agrícolas no Brasil, assista ao vídeo no Globoplay clicando aqui.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Petrobras Registra Queda no Primeiro Trimestre: Importações e Custos Elevados Impactam Resultado

A Petrobras enfrentou um desafio significativo no primeiro trimestre deste ano, com a área de Abastecimento registrando um prejuízo de R$ 95 milhões. Essa queda é notável quando comparada aos R$ 1,1 bilhão do mesmo período de 2010. Os principais fatores apontados para esse desempenho foram os altos custos de importação de petróleo e derivados, especialmente diesel, para atender ao aumento da demanda interna.

Impacto das Importações e Custos Operacionais

No Relatório da Administração, a Petrobras destacou que os maiores custos com aquisição e transferência de petróleo, além da importação de derivados, foram os principais responsáveis pelo prejuízo. As importações de petróleo e derivados aumentaram 10% em comparação ao ano anterior, enquanto as exportações caíram 14%. Dessa forma, a balança de petróleo e derivados passou de uma exportação líquida de 126 mil barris por dia (b/d) no primeiro trimestre de 2010 para uma importação líquida de 38 mil b/d no mesmo período de 2011.

Outro fator que contribuiu para as perdas no segmento downstream foi o aumento de 16% no custo de refino, passando de R$ 6,52 para R$ 7,57 por barril. Esse aumento deveu-se a maiores gastos com pessoal, materiais, serviços de terceiros e paradas programadas.

Fatores Atenuantes e Produção de Derivados

Apesar das perdas, a Petrobras conseguiu compensar parcialmente o impacto negativo com o crescimento do volume de derivados vendidos, os maiores preços das exportações e, no mercado interno, pelos derivados diretamente indexados aos preços internacionais, como o QAV. Além disso, os ganhos com participações investidas no setor petroquímico, que totalizaram R$ 328 milhões, também ajudaram a atenuar os resultados.

O trimestre foi encerrado com uma produção média de derivados de 1,877 milhão de barris por dia (b/d), representando um aumento de 6% em relação ao 1,765 milhão de b/d produzidos no mesmo período do ano anterior.

Diferença entre Downstream, Midstream e Upstream

Na indústria do petróleo e gás, as atividades são geralmente classificadas em três segmentos: upstream, midstream e downstream. O segmento upstream refere-se à exploração e produção de petróleo e gás. É nesta fase que ocorre a perfuração de poços para extração dos recursos do subsolo.

O segmento midstream abrange o transporte, armazenamento e comercialização de petróleo e gás natural. Já o segmento downstream é responsável pelo refino do petróleo bruto e pela distribuição e comercialização dos produtos refinados, como gasolina, diesel, querosene, entre outros. A área de Abastecimento da Petrobras, que sofreu as perdas mencionadas, faz parte do segmento downstream.

Fonte: Energia Hoje